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“Prejudicou-se, deliberadamente, os Estudantes-Atletas da Madeira a troco de quê?”
“Aquilo que assistimos durante toda a discussão foi a um consenso alargado, da direita à esquerda, sobre a importância e a necessidade de rever o referido estatuto dotando-o de maior equidade para as circunstâncias específicas dos estudantes insulares. Apenas o PS destoou desta convicção generalizada, procurando pequenas questões e subterfúgios para minorar os méritos da proposta.”, começou por referir o jovem dirigente da JSD.
Das alterações propostas na referida iniciativa parlamentar, destacam-se a identificação formal da condição de estudante das Regiões Autónomas, garantia de inclusão destes estudantes no referido estatuto através de uma melhoria nas condições de acesso ao mesmo, à imagem do que já acontece com as condições de acesso ao Ensino Superior, incluir os estudantes que estejam inscritos nas federações nacionais de arbitragem das diferentes modalidades passando a beneficiar deste estatuto, propunha o alargamento da possibilidade de requerer a realização de, no mínimo, 4 exames anuais ou equivalente em época especial de exames e, ainda, a hipótese de requerer, a possibilidade de serem realizados individualmente todos os elementos de avaliação.
O líder da JSD/Madeira quis ainda deixar uma palavra de esperança a todos os Estudantes-Atletas madeirenses que serão afetados pela reprovação da medida, garantindo que continuará na sua ação a defender os seus interesses e procurar soluções alternativas. “Aquilo que me entristece é que por uma opção puramente política e partidarizada, se prejudiquem muitas dezenas de jovens que tentam manter uma carreira dual, entre o Ensino Superior e a prática desportiva federada, sem uma razão aparente.”
“No final do dia- continuou o jovem deputado- são os nossos estudantes insulares que continuarão a não ser colocados em igualdade de circunstâncias, através de critérios equitativos, para a prática de qualquer competição nacional. A cada estudante-atleta insular que inicie uma prova de canoagem, patinagem artística, badminton ou um jogo na última etapa do futebol de formação, sabemos que não está nas mesmas condições que qualquer outro colega seu do continente. E a culpa é do PS. A minha pergunta é simples: “Prejudicou-se, deliberadamente, os Estudantes-Atletas Insulares a troco de quê?” –
Bruno Melim referiu, ainda, que a criação de um contingente específico de acesso ao estatuto do Estudante-Atleta foi a solução encontrada, dentro do espírito da legislação já existente relacionada com as questões dos estudantes insulares no Ensino Superior, “para ultrapassar a preponderância do critério mérito desportivo que confere o referido estatuto apenas no fim da época desportiva e não no seu decurso.”, rejeitando, por isso, qualquer justificação para o chumbo desta iniciativa com base na aplicação desta norma. “O diploma foi chumbado porque o PS assim quis que o fosse tendo sido possível depreender que o poder de negociação dos deputados do PS/M na AR é absolutamente irrelevante, pois nem mesmo quando são a favor, conseguem materializar a sua vontade em conquistas do Povo Madeirense”, rematou o líder da JSD/M.