A ação que contou com Pedro Fino, Secretário Regional do Equipamento e Infraestruturas, como orador teve como mote, por um lado, os desafios sentidos pelos mais jovens e, noutra perspetiva, quais as respostas públicas que o Governo Regional tem desenvolvido ao longo dos últimos anos.
Na ocasião Bruno Melim, líder da JSD/M, reiterou a importância de se procurarem soluções mais acessíveis na Habitação sendo este “o principal fator” da emancipação, cada vez mais tardia, dos mais jovens. “Em Portugal, os jovens saem de casa dos pais, em média, quase aos 35 anos. Isto para além de significar que são os jovens que saem mais tarde de casa em toda a europa, revela também, uma limitação significativa das aspirações dos jovens na realização de outros projetos, nomeadamente a paternidade que tem vindo, por diversos motivos, mas também por este, a ser adiada.”
Para o líder dos jovens social-democratas, “o problema da Habitação é transversal à sociedade” pelo que é importante encontrar e concretizar soluções adequadas a cada nível de rendimentos. Nesse sentido, entende, que os programas do Governo Regional apresentam “perspetivas ambiciosas” na resolução deste problema. “Olhando para as políticas públicas no setor da Habitação, vemos com agrado, as respostas desenvolvidas numa lógica interclassista e de equilíbrio do mercado, uma vez que a habitação continua a ter um forte impacto nos orçamentos familiares”.
Na sua intervenção, Pedro Fino manifestou sensibilidade às diversas solicitações apresentadas pelos jovens revelando que no quadro das políticas públicas de Habitação assumidas pelo Governo Regional existe uma “priorização dos mais jovens e da classe média” por forma a “corrigir algumas assimetrias provocadas pelo mercado”.
Fino apontou como causa para a atual situação da habitação em Portugal um conjunto de fatores assentes na “drástica redução da oferta em consequência da crise do subprime, a política de juros baixos assumida pelo BCE durante uma década, o contexto pandémico que transformou a visão sobre a habitação- levando a que as pessoas passassem a valorizar outras necessidades no que concerne à habitação-fomentando o aceleramento das transações comerciais e, ainda, o aumento dos custos das matérias-primas que se repercute no preço final da habitação.”
O titular da pasta da Habitação na Madeira referiu ainda que no quadro dos programas em vigor, bem como, da nova iniciativa “casa própria” há um enquadramento específico para os jovens através de “majorações, prioridades e definição de critérios que permitam uma maior facilidade no acesso ao mercado da habitação” assumindo que uma política pública para a habitação “se faz com respeito pela propriedade privada, mas garantindo um acesso equitativo à habitação”, contrariamente àquilo que se vê com o programa mais habitação na República. Por fim, Pedro Fino desafiou os jovens a terem uma perspetiva ambiciosa quanto a esta matéria.
Segundo Bruno Melim “uma das principais conclusões da iniciativa” passa por uma implementação “célere das diversas medidas e uma e avaliação, ao longo dos próximos meses e ano, qual o impacto das medidas de habitação e a evolução do mercado e quais os ajustamentos necessários a fazer.”, rematou o líder da JSD.